Esta foi a tese defendida pelo Crescêncio Tamele, da Tindzila, Caminhos Sustentáveis, no “Workshop sobre Educação Ambiental”, que decorreu em Maputo, envolvendo actores governamentais, Universidades e Organizações da Sociedade Civil que actuam no sector da educação ambiental.
Tamele, falando no painel subordinado ao tema: A Visão curricular actual e as perspectivas de uma revisão num contexto de integração da educação ambiental, disse que na elaboração do manual escolar da educação ambiental deve-se ter em conta as assimetrias regionais e a complexidade das mudanças climáticas, pois estas variam de acordo com o contexto geográfico de cada zona. O manual deve ser inclusivo em termos de textos e imagens dos conteúdos ambientais, frisou.
Para Sara Morais, ponto focal do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação, (INDE), para a concepção dos manuais escolares, as questões ambientais devem ser abordadas de forma transversal. Na mesma senda, Agnes Clotilde, em representação da Universidade Pedagógica, acrescentou que a transversalidade não deve ser vista como algo leviano e/ou superficial, mas sim, uma abordagem profunda de se tratarem os conteúdos que não cabem numa disciplina específica.
No final do evento, Morais disse que as Organizações da Sociedade Civil podem elaborar manuais de educação ambiental para auxiliar os alunos e professores em termos da leccionação de conteúdos ambientais nas escolas, contudo, os mesmos devem ser aprovados pelo INDE, que é a entidade responsável pelos manuais escolares.
O workshop se enquadra no projecto: Clima de Mudanças: caminho para criação e reforço de uma geração ambiental consciente em Moçambique, e é organizado por um consórcio de organizações internacionais e nacionais, nomeadamente: We World-GVC, Instituto de Cooperação Económica Internacional (ICEI), Centro Terra Viva (CTV) e o Conselho Nacional do Voluntariado (CNV).