Os conteúdos de mudanças climáticas devem ser abordados por meio de uma disciplina escolar e não de forma transversal, pois este modelo de abordagem não permite que os cidadãos desenvolvam a consciência ambiental.
Esta foi a posição defendida pelos participantes durante a mesa redonda organizada por um consórcio de organizações internacionais e nacionais, constituído por WeWorld-GVC, Instituto de Cooperação Económica Internacional (ICEI), Centro Terra Viva (CTV) e o Conselho Nacional do Voluntariado (CNV). O evento envolveu cerca de trinta e seis pessoas em representação de instituições públicas e Organizações da Sociedade Civil.
A mesa redonda tinha como objectivo a promoção do diálogo e avaliação das possibilidades e implicações da abordagem de conteúdos sobre as mudanças climáticas no currículo formal em Moçambique. No evento, foram discutidas várias questões que compreendem o nível de abordagem de temáticas ambientais no currículo escolar, desde a abordagem, métodos e estratégias de lecionação, desafios e dilemas enfrentados pelos actores educativos e em particular dos educadores ambientais.
Por seu turno, o Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano fez saber que a revisão curricular feita recentemente inclui as matérias sobre a sustentabilidade ambiental. Mesmo assim, os participantes advocaram por um levantamento sobre as temáticas ambientais pertinentes e o consequente escalonamento por níveis de ensino atendendo as especificidades de cada região do país.